Postas em dia as obrigações letivas, conjugais e trabalhistas, feitas as malas e abraçados os amigos que deu tempo abraçar (entschuldigung aos que não deu), hora de começar a viagem.
Primeira etapa, MAO – Aeroporto Eduardo Gomes: fiquei com medo da situação da vista do meu pai que anda fazendo drift nas curvas da madrugada. Todos (Hans, Ada e Tatiana) me esperavam no saguão do aeroporto. Assisti Origem (Inception) durante o vôo (no iPad), dormi uma boa parte, sonhei que estava num avião vendo Origem e o tempo passava mais devagar.
Segunda etapa, GRU – Aeroporto de Guarulhos: tentei encontrar amigos de São Paulo, mas meus planos não deram certo. Mesmo assim, aproveitei para comprar uma passagem de ônibus do Aeroporto de Guarulhos para o de Conconhas.
No caminho, do que consegui ver e lembrar, passamos pela Marginal Tietê, Av. Tiradentes, Estação Tiradentes e Estação da Luz (a bonitona). Almocei no SP Burger e aproveitei pra andar um pouco. Decidi voltar às 3:30pm para evitar surpresas de engarrafamento.
Na volta pude perceber também o Largo de São Francisco e o lugar onde será o estádio do Corinthians e, dizem, a abertura da Copa do Mundo do Brasil. Tive então a certeza de que a Arena da Amazônia está com o cronograma em dia. Reparei também que havia 4 penitenciárias próximo dali. Just for the lulz.
Em certos aspectos da estrutura viária da cidade, São Paulo me lembra Atlanta, com uma pitada de Los Angeles. E o fedor da Marginal Tietê. Mas nada insuportável se você frequentar o Manauara.
Em Guarulhos novamente, eu andei pelos três andares do aeroporto (que deve ter o mesmo tamanho do de Miami) até que sentei, fui assistir Clube da Luta e descobri, tardiamente, que o arquivo estava corrompido. Nisso, o autofalante do aeroporto solicitou a presença do Sr. Eduardo Honorato no balcão da Infraero. Assisti então 1/3 de Edith (La Môme), deu sono, guardei tudo, amarrei minhas coisas nos meus braços e dormi.
Mais tarde reencontrei Hans, Ada e Tatiana e fomos fazer o check-in. Por um problema de excesso de lotação eles nos realocaram para uma seção econômica menos econômica que a econômica. Economy Confort. Assim, sim. Legal também eles admitirem que não tem confort na outra economy.
Estou escrevendo no avião enquanto sobrevôo o Ceará. O papel da bandeja de comida é ilustrado com a pintura daqueles tradicionais azulejos holandeses. Deu vontade até de guardar, mas não. É engraçado e curioso ouvir crianças falando Alemão. Ainda não ouvi ninguém falando Holandês alto o suficiente para que eu possa distinguir de Alemão.
Nós podíamos escolher entre opções de jornais portugueses, franceses, alemães e holandeses na entrada do avião. Peguei o jornal alemão por mera questão de tentar ter foco no idioma que vou estudar nas próximas semanas, mas deu vontade de pegar outros também. O papel do jornal alemão tem o mesmo cheiro do USA Today, que eu particularmente não gosto. E a diagramação é bem estranha pra mim: mais largo que alto.
Quero chegar logo em Amsterdã. Não vejo a hora. Meu relógio quebrou. Sem chance de conserto até voltar. E eu tinha decidido de última hora vir com o de pulseira de borracha em vez do de pulseira de metal pra evitar ficar gelando meu braço. Me ferrei.
Desligaram a luz dos corredores. Vou desligar aqui também pra deixar a senhorinha do lado dormir. E dormir também, porque ainda falta um oceano de distância até a próxima etapa (AMS – Aeroporto de Amsterdã-Schiphol).
Desculpem a verborragia.
Auf wiederschreiben.